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SINTEGRAÇÃO HERTZBERGER

     A dinâmica da sintegração sobre o livro "Lições de Arquitetura" de Hertzberger foi extremamente produtiva e interessante. Dessa vez a dinâmica foi feita presencialmente e, na minha opinião, rendeu muito mais que a online, as discussões foram muito mais produtivas e as pessoas participaram mais. Tive a oportunidade de ser debatedora, crítica e observadora e consegui explorar muito mais esses personagens também. 

    Participei dos seguintes temas: 

    Publico e privado; Demarcações territoriais; Diferenciação Territorial; Zoneamento Territorial; De usuário à morador- Nesse tema participei como observadora, os debatedores começaram analisando o lugar em que reunimos relacionando ele com os conceitos de publico e privado e demarcação territorial. Nós estávamos no patamar da escada no 2 andar e foi discutido que aquele é um lugar escondido e muito pouco convidativo para as pessoas que frequentam a faculdade, tanto é que durante os 30 min de discussão que tivemos apenas uma pessoa passou por la, sendo que era para ser um lugar público de passagem bastante frequentado. Com isso, nós comparamos esse lugar com o DA, o qual convida as pessoas a ocuparem e habitarem, mostrando quase que uma transição de usuário à morador, pelo fato de a pessoa ficar muito a vontade la. Dessa forma, eles concluíram que o patamar seria um bom lugar para uma intervenção pois ela iria chamar e aumentar a curiosidade das pessoas, aumentando seu fluxo de passagem. 

    O intervalo; Demarcações privadas no espaço publico; Conceito de obra pública- Nesse tema eu fui crítica, os debatedores começaram a discussão comentando de um exemplo dado pelo livro sobre as meia-portas criadas para os idosos que se sentem muito solitários, aumentando a integração dos espaços e com isso criando um intervalo, um espaço publico em meio a um privado. Com isso, também foi acrescentado a questão das obras publicas que tem o objetivo de criar espaços de uso publico e  incentivo a socialização e integração, entretanto, essas obras não são feitas com a ajuda do próprio publico, então acaba que as pessoas não se sentem como parte dela, não tem o sentimento de pertencimento, e muitas vezes ficam desconfortáveis de frequentar tais lugares, com isso, começam a impor demarcações privadas nesses ambientes, perdendo totalmente o sentido inicial.

    Visão 3- Nesse tema eu fui debatedora e o grupo discutiu sobre como a arquitetura vai além da estética, tendo o objetivo de definir também uma funcionalidade do local planejado e de deixar essa função clara por meio de como é aparentado, refletindo também na experiência que a pessoa vivencia estando e participando de tal ambiente. Tendo isso em vista, se um local é direcionado para as pessoas irem fazer alguma atividade que requer concentração o lugar não pode ser muito exagerado para não acabar com o foco. Concluímos falando da importância de o arquiteto escutar o que o seu cliente quer e não apenas fazer um projeto por ele só, pois assim a pessoa que vai ocupar esse espaço se sente parte dele e opina no que vai ser melhor de acordo com a função do espaço. 

    O acesso público ao espaço privado- Nesse tema também fui debatedora e destacamos um exemplo de um cinema que havia uma entrada muito chamativa, a qual convidava as pessoas a entrarem e verem do que se trata, entretanto, ao entrar havia uma bilheteria, sendo uma estratégia de incluir e chamar atenção do publico para participar de um espaço privado. Outro exemplo que comentamos foi o de um hotel que havia uma entrada principal que se assemelhava a uma rua, entrando por ela descobriam que o objetivo era realmente ser uma rua em que é permitida a entrada de carros também e ao final dela havia a entrada principal do hotel, esse exemplo é muito interessante pelo fato de a rua ser o lugar mais interativo da cidade, é ela que liga tudo e todos, então ao imitar esse elemento na entrada do hotel, mostra que ele realmente convida as pessoas a interagirem e descobrirem o que é e como funciona. Tendo isso em vista, o fato de estarem se criando cada vez mais lugares convidativos é um ponto extremamente positivo pois da um sentimento de pertencimento à pessoa, aumentando a integração com a cidade. 

    Nesse sentido, eu gostei muito dessa dinâmica, foi possível explorar muito os conceitos abordados no livro de Hertzberger e, para mim, o melhor é conseguir ver o ponto de vista das outras pessoas que muitas vezes chegam à conclusões diferentes das minhas. Dessa maneira, eu tenho a oportunidade de expandir minhas analises e entender muito mais sobre o que o livro se trata. 

    

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