Susan Meiselas: nasceu no estado de Maryland, Estados Unidos, em 1948, estudou na faculdade Sarah Lawrence College e posteriormente fez mestrado em educação visual na Harvard University. Recebeu em 1986 um Doutorado Honorário em Belas Artes da Escola de Parsons e do Instituto de Artes de Boston em 1996. Susan trabalhou e prestou serviços em empresas multinacionais de fotografia como a Magnum Photos e a Polaroid, além disso, lecionou neste mesmo ramo em escolas públicas de Nova York. As fotografias da estadunidense estão ligadas a movimentos sociais, regionais e acontecimentos históricos, como foi o caso de algumas fotografias tiradas durante os ataques terroristas em Nova York em 2001. Em mais de 40 anos de trabalho no fotojornalismo, a americana co-dirigiu filmes, fez vídeos e tirou fotos marcantes de registros históricos e de vivências de povos pelo mundo. A fotomontagem retratada foi escolhida devido ao paralelo entre duas visões, a do olho humano e a da lente da máquina fotográfica, pois é possível chegar à ideia de que ao se fotografar algo, duas visões se transformam em uma só, ou até pode-se pensar na questão de uma visão humana aprimorada, pela introdução de mecanismos de aproximação das câmeras digitais.
Maureen Bisilliat: foi uma artista muito marcada pela sua infância desenraizada, momento em que morou em 5 países, além da Inglaterra. Em 1953 mudou-se para São Paulo como estudante de pintura, no entanto, passou a se interessar pela fotografia diante da influência de seu primeiro marido. Após algumas temporadas no exterior, Maureen retornou ao Brasil e abandonou por completo a pintura e passou a se dedicar a fotografar. Nesse período, teve contato e se inspirou em grandes escritores brasileiros, como Jorge Amado, Guimarães Rosa e Mario de Andrade. Seu trabalho demonstra um apoio conceitual na antropologia, um equilíbrio entre seu olhar estrangeiro e seu respeito à cultura brasileira e uma investigação profunda da alma do país expresso em seus temas abordados: sertanejos e indígenas.
A fotografia escolhida chamou a atenção do grupo na medida em que é muito representativa da vida sertaneja, um dos núcleos temáticos de Maureen, ao mesmo tempo em que à retrata ressaltando o claro e escuro e um enquadramento marcante, características bastante presentes em seu trabalho herdadas de sua carreira na pintura e seu fascínio expressionista. Assim, o movimento da água, a figura humana e dos animais mais opacas, o sol no horizonte, trouxeram à fotografia um contraste e sombras muito interessante, que nos surpreendeu de forma positiva. |
Peter Keetman: foi um fotógrafo alemão fundador do estilo fotoform. Se destacou por suas obras na fábrica da Volkswagen, que retratou de forma peculiar, com ênfase em perspectivas diferentes e novos padrões e grafismos que se encontravam em segundo plano.
A sua jornada artística se mostra diferente na medida em que passa a percepção de uma realidade em escalas e representações diferentes, com repetições, ângulos, linhas e volumes que estimulam visualmente o espectador sem necessariamente mostrar a totalidade do objeto. O porquê da escolha dessa foto se dá pela sua proximidade do alvo fotografado e nos tira, em primeiro momento, a percepção de qual o objeto fotografado, uma calota de carro, e também há um bom estímulo visual por parte das curvas e jogo de sombras e reflexos. |
Mario Cravo Neto: foi um fotógrafo, escultor e desenhista que recebeu seus primeiros aprendizados do próprio pai. Ele nasceu em Salvador e foi um dos primeiros fotógrafos contemporâneos brasileiros a obter reconhecimento internacional, com isso realizou diversas exposições em diferentes países. A maior parte das suas fotografias são em preto e branco, com baixas luzes, enquadramento fechado e foco critico, realçando o objeto principal de cada foto. Seus jogos de luz e sombra realçam o volume e a textura, criando uma sensação táctil em seu trabalho. Ele foca bastante em partes do corpo humano relacionando as com objetos, essa combinação procura ressaltar a relação do homem com o desconhecido. O tema mais utilizado em suas obras é a religiosidade da Bahia, principalmente a católica e o candomblé.
Grupo: Flavio Carvalho, Hugo Marini, Julia Dester, Julia Mundim, Lucca Pessoa, Nicole Brocker, Victor Cesar e Vinicius Alexandre.
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